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sábado, 22 de outubro de 2011

Pará dividido em três estados


Belém e São Paulo – O Estado de Carajás, que ainda depende de um plebiscito para ser desmembrado do Pará, herdaria as maiores reservas minerais e os principais empreendimentos da Vale instalados na região. Anteontem, a Câmara dos Deputados aprovou a realização de plebiscitos nos quais a população do Pará votará pela possível criação dos Estados de Carajás, no sul e sudeste paraense, e de Tapajós, a oeste. A votação tem um prazo de seis meses, mas ainda não foi definida pelo Congresso.
Caso a população confirme a criação de Carajás, ele teria a maior mina produtora de minério de ferro em operação no mundo, em Parauapebas, explorada pela Vale. Em 2010, Parauapebas, Marabá e Canaã dos Carajás, que integrariam o novo Estado, responderam por 80% de todo o CFEM (royalties de mineração) arrecadado no Pará.
Importantes reservas de cobre e níquel, exploradas pela Vale, também ficariam no novo Estado. A Tapajós e Pará sobrariam reservas de bauxita, como as do Rio do Norte, Juruti e Paragominas. Dos investimentos previstos pelas mineradoras até 2015, Carajás teria US$ 33 bilhões, Tapajós, US$ 0,6 bilhão, e o território restante do Pará, US$ 7,9 bilhões.

Marabá
As 39 cidades que integrariam Carajás apostam que extração de minérios, siderurgia, criação de gado e geração de energia irão transformar a região numa das mais ricas do país. O principal polo urbano e possível capital, é Marabá, que celebrou a aprovação do plebiscito.
A Associação dos Municípios do Araguaia, Tocantins e Carajás, formada por cidades da região, diz que o novo Estado não causaria problemas ao Pará, que ficaria centrado no setor de serviços.
No agronegócio, os principais produtos seriam madeira, abacaxi, goiaba, gado e bananas. O estudo diz que o Estado seria autossuficiente. Teria gastos de R$1,8 bilhões e receitas de R$ 2,7 bilhões.
Tapajós
Já Tapajós, que teria 27 municípios, herdaria a usina hidrelétrica de Belo Monte, planejada pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) – quatro das cinco cidades atingidas pela obra fariam parte desse Estado, como Altamira. O principal polo urbano seria Santarém. A região ainda não tem estudos sobre a área, disse o vereador Reginaldo Campos (PSB), que apoia o plebiscito.
Críticas
A aprovação pela Câmara dos plebiscitos para o desmembramento do Pará foi recebida por estudiosos da vida administrativa brasileira como simples manobra para criação de cargos executivos, mais empregos públicos e espaço para troca de favores políticos. “Não vejo como os problemas daquela área seriam mais bem resolvidos com essa providência”, resumiu a economista Luciana Gross, da Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Um dos sérios desafios da região, adverte a economista, “é sua precária estrutura rodoviária e fluvial”. E isso não se resolve, acrescenta, “com a construção de mais prédios e instalação0 de novas assembleias, fóruns, secretarias e mais empregos públicos”. “Criar um Estado não melhora a capacidade de arrecadartributos”, afirmou.

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